Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira pertenceu, tanto pelo lado paterno quanto pelo materno, a famílias conhecidas no Brasil por seu destaque, especialmente na política, no direito e no empreendedorismo. Nasceu em 1929 em São Paulo no Brasil onde estudou com os padres jesuítas, primeiro no Colégio São Luiz , depois no Seminário Central da Imaculada Conceição.
Posteriormente ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Católica de São Paulo, onde, em 1956, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Exerceu a advocacia até os últimos dias, chefiando também o departamento jurídico da conhecida construtora Adolpho Lindenberg. Foi professor da Propedêutica da História e depois de Moral e Sociologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras São Bento, e na Faculdade de Economia Coração de Jesus, ambas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Foi um dos fundadores do mensal cultural Catolicismo, publicado sob a égide de Mons. Antonio de Castro Meyer, bispo de Campos, e autor de importantes estudos sobre o Magistério da Igreja, o Magistério Conciliar e a infalibilidade papal. Em 1970 Arnaldo Xavier da Silveira publicou, em edição limitada, as Considerações sobre o “Ordo Missae” de Paulo VI que incluíam um estudo sobre a hipótese teológica de um Papa herético. A obra foi posteriormente publicada em francês, sob o título “La Nouvelle Messe de Paul VI: Qu’en Penser?” (Diffusion de la Pensée Française, Chiré-en-
Montreuil 1975), mas a difusão da obra, segundo pensa o autor, foi proibida pelo próprio Paulo VI. A parte dedicada ao “Papa Herege” traduzida em 2016 pela Inter Multiplices Una Vox , foi publicada em italiano, com o título “Ipotesi Teologica di un Papa heretico da Edizioni Solfanelli de Chieti”, e em 2018 em inglês, com um novo capítulo e atualização com o título “Can a Pope be … a heretic?” (Caminhos Romanos, Portugal 2018). Em 2017, Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira foi um dos primeiros signatários da Correctio filalis ao Papa Francisco. Na conferência sobre o modernismo organizada em junho de 2018 pela Fundação Lepanto, seu nome foi frequentemente lembrado como um dos mais sérios estudiosos contemporâneos da crise da Igreja.
Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira foi sócio fundador e um dos diretores da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, a primeira das associações com este nome (TFP) que existem hoje em vários países dos cinco continentes, todas inspiradas pela obra e pelo pensamento de Plínio Corrêa de Oliveira. Confortado pelos sacramentos da Igreja, faleceu em São Paulo no dia 19 de setembro deste ano, em decorrência de complicações cardíacas. Ele deixa viúva e quatro filhos e netos.
Suas obras publicadas pela nossa editora: